segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Escrevo agora enquanto ele dorme

"(...) Não sei quanto tempo passou ou mesmo se o tempo passou. Cada beijo, cada toque, era mais um momento de perfeição. Nunca me existiu momento mais sublime. Nunca me senti mais amado ou amei mais. É até um pouco estúpido falar assim sobre algo tão carnal, mas foi muito mais que só sexo. Muito, muito mais que isso. Foi um pacto, uma promessa. Algo como jurar o amor eterno, mas sem precisar falar nada. Perfeito."

"Deixa estar, jacaré..."

Apertei, mas larguei assustada. Tinha o cheiro e a voz dela, sussurrando terna no meu ouvido. Acalentando-me e, sem sequer uma palavra, garantindo apoio incondicional para qualquer uma de minhas loucas travessuras.
"Levada da breca..."
Eu disse para mim mesma, como se assim pudesse ouvi-la novamente, proferindo exatamente as mesmas palavras, com aquele tom divertido, que lhe era tão peculiar.
Virei de lado.
"... tua lagoa há de secar..."
Fotos e mais fotos, imagens congeladas de momentos e pessoas que deixaram muito mais do que mera saudade.
Sinto ainda as mãos frias nas minhas, como se as segurassem para atravessar a rua.
Tão frias... "E o coração quente", sempre dizia. E eu sempre acreditei, porque, para mim, não poderiam haver corações mais quentes do que aqueles. Entretanto, até os mais calorosos sofrem, até eles param.
Estavam os dois juntos de mim. Ela e ele. A voz e o toque, que por tanto acreditei, ou ao menos pensei acreditar, ter esquecido.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

a ême í gê o

Quero-lhe amigo
E que leve consigo
O bom do meu ser

Quero dar meu amor mais tranquilo
Cheio de afeto
E de estranho carinho

Se está longe
- Se não posso lhe alcançar -
Um pedaço de mim
Logo se faz faltar
Mostra-me que não sou
Forte para enfrentar
O mundo por mim mesma

Sem você para ajudar