domingo, 27 de novembro de 2011

Abandono

Se afastou com um sorriso no rosto, mas eu sabia que não era de alegria. Sorria porque não sabia o que fazer quando ficava sozinha. Porque quando virava as costas e se despedia de todos, tudo o que a esperava era um quarto vazio. Quantas vezes não pensei em você, imaginando-a chorando, gritando, sofrendo sozinha de dores que ninguém poderia aliviar. Se iludindo, acreditando que nada poderia melhorar.

Agora não é diferente. Fico imaginando como você está, como ficou depois que eu fui embora. Como se sente após mais um abandono.

Não é pena, é pior... Culpa.

Sofro.

Tenho pesadelos com a sua solidão.

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