Tinha medo de admitir para si o que se passava em seus
pensamentos... Era o receio de fazer uma escolha e, no processo, perder algo
importante. Alguma parte reconfortante de sua vida. A covardia lhe era mais do
que familiar, era parte dela. Estava errada, não era novidade. No entanto, por
um breve momento, lhe parecia estranho, quando tudo o que fazia era não ser
correta com ninguém, nem com ela mesma.
Dizia a si mesma que seus
sonhos não valiam de nada. Dizia e repetia, tentando se convencer e resignar-se dos próprios medos.
Fingia para si mesma que o que
inventava seria suficiente, que algumas poucas falas mansas lhe seriam aprazíveis o bastante e que não necessitava de outras pessoas. Magoar-se, afinal, era
costume. Sua consciência não doía por se machucar. Aliás, muito pelo contrário,
ela pedia por isso, procurando redimir-se de erros não cometidos.
Desejava alguém que lhe
dissesse que tudo bem ser daquele jeito... Que um dia se cresce... Que um dia
as coisas passam... E, quem sabe, até melhoram...
Ansiava por conforto, mas não
do tipo confortável.
Filhota querida,
ResponderExcluirUm ESPETÁCULO!!!
É um orgulho, imensa satisfação e uma miríade de emoções ler as maravilhosas coisas que você escreve.
Amo muito você.
Um beijão do seu maior e mais pesado fã.
Lindo! Como sempre.
ResponderExcluirParabéns!
Não esqueça meu conselho. Cuidado! A internet não tem braços; tem tentáculos.
Bjs!